<$BlogRSDUrl$>

domingo, janeiro 04, 2004

“O velho que lia romances de amor” de Luís Sepúlveda 

Mais um exemplo da explosão literária na América do Sul que nas últimas décadas muito tem impressionado tanto Portugal como a Europa (passando obviamente pela academia Nobel).
É um livro ultra-entusiasmante, uma história com conteúdo, andando sempre à volta da preservação das florestas amazónicas. Não brilha pelas descrições, não brilha pela narrativa, não brilha pelos diálogos nem pelos recursos estilísticos, e por isso mesmo é um livro que brilha pelo conjunto. Bastante, basta ver os prémios que ganhou lançando este escritor que é, nos dias de hoje, um nome mais que sonante. Um gajo enquanto não acaba não descansa. Parece que planamos sobre a história, com pequeníssimos parágrafos e frases curtas. Nunca ficamos presos numa descrição, nunca sentimos o cansaço da leitura acompanhada de raciocínio, contudo, não deixando a história em si de ser uma perfeição de subtileza. Uma história suave e doce, tal e qual a escrita.
Para os mais mandriões resta dizer que são 100 páginas apenas que se lêem perfeitamente numa viagem Ponte de Lima – Lisboa de 7 horas em autocarro, deixando tempo para comprar uma revista e bastantes pausas para bater uma sorna às cabeçadas ao vidro.

Comments: Enviar um comentário

This page is powered by Blogger. Isn't yours?